Eu usei e abusei
E já não queria mais.
Tentei fazer novos testes,
Trocas,
Retoques,
Reformas.
Mudei o que foi possível,
O que não era,
Adaptei,
Redesenhei.
O que vi, não gostei.
Tentei descartar,
Mas não pude.
Fui rude,
Fria,
Grosseira,
Indiferente.
Fugi pra bem longe.
Ganhei distância,
Mirei.
Bateu saudades,
Voltei.
Desafiei os perigos
E os riscos
De incorrer nos mesmos enganos.
Olhei bem de perto,
Toquei,
Senti
Toda a carne tremer...
Deixei os dedos correrem,
Livres,
Sem obstáculos,
Sem medo.
Me reencontrei
Em mim mesma,
Enfim,
Me amei.
Retomei minha essência,
Retornei ao meu "eu".
Defini novos rumos
À minha existência.
Vivi novos sonhos,
Mil experiências.
Fui e voltei
Pra onde,
De onde
Não deveria ter saído
(Nunca!):
De mim mesma!
De corpo e alma
(Lavados),
Peito aberto,
Cara limpa
Ao sabor do sol e do vento
E o coração agitado,
Braços mais longos, agora,
Querendo abraçar o mundo!
Vanda Felix
http://museuvirtual.belasartes.ulisboa.pt/desenho/detail.php?dl=0&inv=FBAUL/350/DA
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLindo poema. Bom te ler sempre, Vanda
ResponderExcluirVanda,
ResponderExcluirA sua sensibilidade é magnífica!
Parabéns!!! Você é sensacional!!! A sua escrita é envolvente e lapidada.
Saudações autênticas.
ResponderExcluirAmo quando você escreve e nos revela! Sensível, especial!
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