domingo, 24 de maio de 2015

Platonismo



A iminência
da sua presença
me deixa tensa...
Boca seca,
pupilas dilatadas,
coração acelerado
(Ainda!),
apaixonado coração...

Paixão infantil, 
platônica, doente,
faz o corpo padecer
pelo que a alma sente.

Tremulam as mãos,
não saem as palavras...
Engulo sentimentos,
fingindo estar serena.
sufoco o coração
e, cabisbaixa,
saio da cena...
Que pena!
Vanda Felix






sábado, 16 de maio de 2015

Rascunhos

Risco,
rabisco,
escrevo teu nome...
Desenho teu rosto querido...
Teus olhos,
profundos de noite,
refletem os meus,
mas não me veem...
Traço,
num único traço,
contínuo,
tua silhueta...
Uma linha reta
é teu horizonte,
lugar onde de mim se esconde...
Apago o desenho,
mas a marca permanece,
suave borrão...
Como tua doce lembrança
marcada para sempre
em minha alma
e em meu coração...
Vanda Felix

domingo, 3 de maio de 2015

Devoção




Prefiro não crer
que o humano ser
cometa maldades
apenas por crueldade,
deliberadamente...

Consola-me a crença
na força das circunstâncias,
nas artes do destino,
que corrompem a alma do menino
e manipulam sua mente.

Não creio que me firas por prazer,
que não me queiras por opção,
sangrando meu coração
que vive por te querer...
Pois a mim não foi dada outra razão
que não fora amar-te em devoção...

E em razxão de tal destino,
levo os dias em desatino,
a esperar uma espera vã,
renovada a cada manhã,
por tua volta, anjo amado,
meu presente, meu passado,
que não mais quer regressar
ao meu lado, teu lugar,
que está vazio
desde que partiste,
deixando-me o corpo frio,
a alma triste
e o coração desconsolado!
Vanda Felix
 
 
 
 

Retomada

 Há tempos não percorria estas páginas... deu até saudade, agora! É que a vida anda tão atribulada, tão conturbada, que meus hábitos mais re...