Saudade nem sempre tem nome,
Nem sempre tem rosto,
Nem sempre tem data.
É essa saudade, que hoje me assalta.
Me pega de jeito,
Me joga no chão.
Saudade de um nada,
Saudade do desconhecido,
Do não vivido.
É um buraco bem grande
A ser preenchido
Com não sei o quê.
É uma angústia que sufoca,
É um medo de não reviver
O que não foi vivido.
Saudade sem nome,
Saudade sem rosto
É a mais dolorida.
É oco,
É vazio,
É dor latejante,
É ferida invisível,
Que arde
Por dentro.
Não há ineditismo
Na minha saudade.
Mas há estranhamento,
Admiração...
Como faz falta
O que não tive?
Como posso querer
Sem saber se foi bom?
Não sei como era,
Não sei como foi,
Mas queria de novo,
E de novo,
E de novo...
E, para sempre,
Apenas queria...
Vanda Felix
Saudades infindas!
ResponderExcluirEu também queria.
ResponderExcluirAmei este poema
Saudade do não vivido. É forte!
ResponderExcluirSaudade que toca a alma.
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