Poema dedicado ao meu amigo deboísta, memoralista e guardião do museu a céu aberto de Vila Euclides, João Paulo de Oliveira. Como costuma dizer o próprio: "Saudações sepulcrais!"
Máscaras que caem, faces que se mostram, o salve-se, quem puder. A surpresa da revelação, a desestabilização. Choques violentos, embora necessários, que nos fazem despertar, mas, num primeiro instante, causam consternação, surpresa (nem tanto!), vergonha... Mas não somos pobres-coitados, também somos culpados por estarmos nesse estado. A falta de consciência, a omissão, na hora da escolha, o vício, a preguiça, a indolência, o delegar ao outro minhas responsabilidades, o custo de minhas ações, a consequência dos meus atos. Somos uma nação forte, de homens e mulheres capazes de esfacelar esse sistema podre, corrompido, ultrapassado. Estamos no mesmo barco e não podemos perder o prumo. Juntos, podemos reorientá-lo, recolocando no rumo. O trem segue desgovernado, há muito, fora dos trilhos... Tanto tempo de desmandos, roubalheiras, falcatruas. E essa culpa, que é minha, não deixa de ser, também sua. Deixemos de lado as picuinhas, as pequenas diferenças. Unamo-nos, demo-nos as mãos. Nosso país ainda tem jeito, enchamos de orgulho o peito e, com vontade, compromisso e coragem, reconstruamos nossa Nação! Sempre é tempo de mudança, nada é estático, ou para sempre; não percamos a esperança de fazermos de nosso país um lugar cada vez melhor de um povo que luta, trabalha e é feliz!
Vou ou não vou? Que hei de encontrar? O que busco ou o que desconheço? Compromisso assumido deve ser cumprido. Sou de palavra: cumpro! Antes da hora, que combinamos, já me encontro a postos. Ansiosa, receosa de que não venhas ou de que venhas... Não sei o que mais temo, nosso encontro, que pode mudar nossos destinos, ou o desencontro, que me deixa sem respostas, que me desespera, me deixa em desatino. Melhor não ir... Covarde, eu, agora? Não!!! Ergo a cabeça e sigo em frente, em busca de um sonho (do meu sonho!). Talvez o realize, hoje; talvez me desperte para outra realidade. Se não for, não saberei e morrerei com a dúvida sobre o que poderia (ou poderíamos) ter sido...
CIRANDA POÉTICA
Em meu terceiro dia, vou publicar um poema, a convite da poeta Joana Assis, em homenagem às mães de todas as partes do mundo. Aproveito para convidar os poetas MarcosFonseca e Ronnaldo Andrade, a participarem, se quiserem, publicando um poema por dia , por 3 dias seguidos . Segue o meu terceiro:
Mães especiais
Há seres especiais
Que Deus envia à Terra
Para purificar nossos espíritos
Em tempos difíceis de guerra.
Seriam estes os tais anjos?
Criaturinhas indefesas
Que carecem de muito amor
E respeito
Então, Deus, com muito jeito
Lhes escolhe a melhor das mães
Cuja alma, transbordante
De amor e delicadeza
Lhes acolhe e abriga no peito.
E tornam-se um só ser
Em perfeita sintonia
Sentem as dores, um do outro
Compartilham toda a alegria.
Nada é por acaso
São seres iluminados
Pois esse amor é um dom
Que apenas poucos possuem
O dom da aceitação incondicional
E da sublimação
De almas evoluídas
Que fundem-se durante esta vida. Vanda Felix
A todas as mamães especiais e seus delicados anjinhos!
No corre-corre de ontem, não consegui postar, portanto, hoje, serão duas.
CIRANDA POÉTICA Em meu segundo dia, vou publicar um poema, a convite da poeta Joana Assis, em homenagem às mães de todas as partes do mundo. Aproveito para convidar as poetas Iraídes Tavares Almeida e Priscila Nogueira, a participarem, se quiserem, publicando um poema por dia , por 3 dias seguidos no Facebook . Segue o meu segundo:
Sou mãe (Aos meus doze sobrinhos e à minha irmã caçulinha, Marcia Cristina)
Sou mãe Por afinidade Não por obrigação De filhos Que não gerei Mas tenho em consideração
Sou mãe Por escolha Por opção Por um querer imenso Maior que eu Escolhi você E você me escolheu Não te gerei no ventre Idealizei-te na mente E abriguei no coração. ❤ Vanda Felix
CIRANDA POÉTICA
Em meu primeiro dia, vou publicar um poema, a convite da poeta Joana Assis, em homenagem às mães de todas as partes do mundo. Aproveito para convidar as poetas Patricia Nicolau e Deolinda Nunes, a participarem, se quiserem, publicando um poema por dia , por 3 dias seguidos no Facebook .
Segue o meu primeiro:
Minha mãe
Mãos, que amparam
E também acarinham,
Braços, que aquecem,
Riso que alegra,
Peito, que acolhe
E faz com que encolham
Todas as dores.
Chora meu pranto,
Sorri meu sorriso.
Mãe minha, querida!
Razão de minha vida,
Mais do que flores,
Mereces o Paraíso...
Vanda Felix
Começo a notar rugas no entorno dos olhos, brancos fios a brotarem na fronte. E não é esteticamente que isso me preocupa, mas historicamente... A pergunta que me faço, agora, é "que história escrevi até aqui?"... Páginas rasuradas, páginas em branco, páginas arrancadas... Que legado deixarei para a posteridade? De que forma serei lembrada? Serei lembrada??? Hoje, ainda, sou notada? Há, ou haverá, no futuro, quem sinta minha falta? Sinto falta de tanta gente, que nem nota se estou presente, que não sente a minha ausência. Mas sinto... Sinto a falta de um pedaço que se perdeu em mim mesma, deixando o vazio do espaço que ocupava no meu eu... Vanda Felix
Postada no Facebook, em 26/04/2017, em razão da passagem de seu 5° aniversário.
João, hoje é seu dia! É... meu bebê Se fez menino E logo será homem! Posto por Deus Em meu destino, Ressignificou, Em minha vida, O sentido da palavra "amor" (Desde pequenino!) João, Pedaço de meu coração ❤, Vibrante, fora do peito! Agradeço por tua existência, Por me fazer Melhor a cada dia, Aprimorando, Do seu jeito, Nossas vidas, Nunca mais vazias. Que Deus lhe conceda Tudo o que você precisa Para completar sua alegria, Que, por extensão, Também é a nossa!
Quem conhece minha história, sabe o quão intensa e verdadeira sou em relação às minhas ações e sentimentos.
Sabe o quanto me faz feliz cuidar e compartilhar momentos com quem amo e que não há medida de esforços para vê-los felizes e realizados.
Quem conhece minha história, sabe os monstros que enfrento todos os dias, os fantasmas que me assombram e que, por força das circunstâncias, mato uma górgona por dia, sem a ajuda dos deuses do Olimpo, mas sim, na unha e no dente, mesmo.
Quem me conhece, de verdade,sabe dos meus medos e das minhas carências e do enfrentamento diário que tenho para não fraquejar diante deles. E sabe como, ao longo de uma vida, esta luta é solitária, mas venho vencendo-a, vez após vez, pois desconheço o significado da palavra "desistência".
E é essa luta cotidiana, pautada na persistência, que me define, que me mantém de pé, apesar das constantes "rasteiras" que a vida me dá. Não deixo a chama da esperança se apagar em mim, jamais! Quedas são constantes, mas não me entrego. Esfolada, estilhaçada, rasgada por dentro, recolho os pedacinhos e me reconstruo, ponto a ponto, costurando os retalhos um a um, mesmo que com linhas de ilusão, E sigo em frente, até o próximo tropeço.
Apesar de tudo o que vivi, de tudo o que perdi, de tudo o que sofri, não desacreditei em momento algum, na Humanidade. Traições, engodos, golpes sofridos e decepções não me fizeram descrente na existência de boas almas no Universo. e é por elas que busco. É delas que quero proximidade e envolvimento.
Como qualquer ser humano, sou passível de falhas, sim, e as cometo aos montes. No entanto, não me envergonha ter que rever opiniões, assumir novas posturas ou mesmo pedir perdão. Somos seres em construção, não somos? Busco ressignificar meus conceitos, organizar minhas ideias, entender a dinâmica do tempo em que vivo, a todo instante. Não sou insensível às mazelas alheias, nem às minhas responsabilidades diante delas.Sei da minha parcela de culpa diante dos quadros social, político e educacional do país em que vivo, dos sistemas dos quais faço parte. E procuro refletir sobre tudo isso, procuro me reorientar para futuras escolhas, futuros posicionamentos.
E tudo isso faz de mim uma pessoa intensa, exagerada em muitos aspectos, aparentemente alheia a outros.
Como ser em construção, sou também um ser em conflito, e isso nos remete ao início deste colóquio: a luta diária contra monstros e fantasmas... Acaso isso me desqualifica perante os bem-resolvidos e auto-suficientes? Creio que não. Isso apenas assegura minha autenticidade e sensibilidade latentes.
Neste mundo de desilusões, sou, ainda um ser humano movido pela fé e pelo desejo de dias melhores.