segunda-feira, 10 de março de 2014

Sina

Está difícil acreditar
que em teus olhos não vou mais me olhar.
Mais difícil esquecer
nossos momentos de prazer.

A dor, por dentro, rasga o peito,
dilacera, arde, não há jeito;
não há remédio, nem cura,
estou a um passo da loucura.

Penso em ti a todo instante,
meu menino, meu amante...
Quis ter-te, por inteiro, ao meu lado,
mas o destino nos deseja separados.

Fui ferida moralmente,
por escolha tua, consciente...
Me deixaste, triste sina!
Ensinaste-me a te amar desde menina...

E agora foges, não mais ficarás comigo,
nem sequer agiste como amigo!
Abandonaste-me à própria sorte,
chego mesmo a desejar minha própria morte...

Morta, seria livre dos desejos,
do ardor, que me consome, quando te vejo,
apagaria, para sempre, a chama ardente
e te daria a paz, de desfrutar de teu presente...
Vanda Felix
 
 


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