terça-feira, 25 de março de 2014

Descaminhos

Navego num oceano 
de ideias difusas,
sentimentos confusos,
me afogando no medo, 
na saudade e na solidão...
Sigo, sem destino certo, 
por uma estrada
que me conduz ao nada,
onde tudo o que vejo
são precipícios e escuridão...
Sigo sozinha 
neste vale de sombras,
onde tudo assombra
meu castigado coração.
Temo a próxima curva
deste rio de águas turvas, 
pois sei que não terei
o amparo de tua mão.
Mas vou em frente, 
mesmo com medo
de saltar do rochedo
e estatelar-me no chão!
Só não perco a esperança
de ali, logo adiante,
reencontrar-te, meu amante,
minha tábua de salvação!
Então, seguirei contigo,
que serás o meu abrigo,
proteger-me-ás dos perigos
e acalmarás meu coração!
Então, porás fim ao meu sofrimento
e reacenderás 
meu mais puro sentimento...
Ficaremos em harmonia,
preenchendo nossos dias,
a ocupar-nos desta paixão!
Seguiremos felizes 
por uma estrada florida, 
gratos à Deus pela vida
e pela nossa união...
Talvez seja utopia,
mas o que me move, 
a cada dia,
é a crença nesta ilusão!
Já esqueci todas as minhas mágoas
e rogo à Deus que o traga,
deixo aberto, meu coração...
Vanda Felix


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