sábado, 22 de março de 2014

Para sempre...




Por que optas em seguir por caminhos errantes?
Por que renegas o carinho que te dou,
nascido do fundo de minha alma?
Ah, quanto poderíamos experienciar juntos!
Cheiros, texturas, sabores...
Como queria dividir 
meus melhores momentos contigo!
Ter-te em meu colo,
acordar abraçada por ti...
Faria-me a melhor das amantes,
tudo em prol de satisfazer-te!
e, ao satisfazer-te, 
satisfaria-me a mim mesma...
Por que queres que te esqueça?
Que mal lhe causa este amor tão puro?
Esquecer-te 
seria matar minha alma,
que, sem tua lembrança, 
vagaria no escuro,
pois tu és a seiva 
que me alimenta,
que nutre meus sonhos 
e esperanças,
que me impulsionam, 
desde criança,
a ir tão longe, 
quanto necessário,
em busca de ti...
Esquecer-te 
seria negar minha identidade,
construída para te dar felicidade.
Como quisera 
ter sido o que buscavas,
corresponder ao que esperavas,
completar-te 
nas lacunas mínimas!
Oh, dor do fracasso 
que me atormenta!
Sinto-me vazia, 
sem a espera de tua presença,
que me acalenta a alma 
e acalma o espírito...
Esquecer-te 
seria negar-me o ar,
do qual necessito 
para respirar,
é privar-me da água 
que aplaca a sede,
negar-me o alimento, 
que me dá energia...
Penso em ti, 
noite e dia,
e, por ti vivo 
cada instante,
meu eterno menino, 
e amante,
que se faz de mim, 
tão distante, 
mas que viverá nas minhas entranhas
para todo o sempre,
nas lembranças que trago, 
tatuadas no corpo,
tatuadas na alma!
Se esquecer-te, 
já estarei morta,
mas ainda tenho muito o que viver!
E viverei, todos os meus dias,
na esperança de novamente ver-te
adentrando aquela porta,
adentrando em mim...
... e em mim e comigo permanecendo,
reacendendo esse amor, que não tem fim!
Vanda Felix



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