Por que optas em seguir por caminhos errantes?
Por que renegas o carinho que te dou,
nascido do fundo de minha alma?
Ah, quanto poderíamos experienciar juntos!
Cheiros, texturas, sabores...
Como queria dividir
meus melhores momentos contigo!
Ter-te em meu colo,
acordar abraçada por ti...
Faria-me a melhor das amantes,
tudo em prol de satisfazer-te!
e, ao satisfazer-te,
satisfaria-me a mim mesma...
Por que queres que te esqueça?
Que mal lhe causa este amor tão puro?
Esquecer-te
seria matar minha alma,
que, sem tua lembrança,
vagaria no escuro,
pois tu és a seiva
que me alimenta,
que nutre meus sonhos
e esperanças,
que me impulsionam,
desde criança,
a ir tão longe,
quanto necessário,
em busca de ti...
Esquecer-te
seria negar minha identidade,
construída para te dar felicidade.
Como quisera
ter sido o que buscavas,
corresponder ao que esperavas,
completar-te
nas lacunas mínimas!
Oh, dor do fracasso
que me atormenta!
Sinto-me vazia,
sem a espera de tua presença,
que me acalenta a alma
e acalma o espírito...
Esquecer-te
seria negar-me o ar,
do qual necessito
para respirar,
é privar-me da água
que aplaca a sede,
negar-me o alimento,
que me dá energia...
Penso em ti,
noite e dia,
e, por ti vivo
cada instante,
meu eterno menino,
e amante,
que se faz de mim,
tão distante,
mas que viverá nas minhas entranhas
para todo o sempre,
nas lembranças que trago,
tatuadas no corpo,
tatuadas na alma!
Se esquecer-te,
já estarei morta,
mas ainda tenho muito o que viver!
E viverei, todos os meus dias,
na esperança de novamente ver-te
adentrando aquela porta,
adentrando em mim...
... e em mim e comigo permanecendo,
reacendendo esse amor, que não tem fim!
Vanda Felix
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