não são portas ou portões,
não são as grades,
não são correntes ou chaves...
O que me aprisiona
está muito além de uma ação
meramente física...
Vem de dentro pra fora,
comprime meu peito,
aperta minha garganta
calando-me a voz,
sufocando meu grito.
O que me aprisiona
talvez seja eu mesma,
que criei dentro de mim
um monstro imenso,
que me domina,
chamado MEDO!!!
Um sentimento persecutório,
que atormenta,
rouba o sono,
confunde as ideias...
Teima em não ir embora,
insiste,
persiste...
Aflige e machuca meu coração,
que, desarmado,
desamparado,
perde o ritmo e o rumo,
segue desorientado,
fechando-se em si mesmo,
negando-se ao prazer de viver...
Aprisionado coração,
com seus temores,
furta-se de novos amores,
condena-se à solidão.
Vanda Felix
Lindo poema!
ResponderExcluirVocê é muito talentosa!
Já está merecendo um livro.
Obrigada pelas.considerações,querida!
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