terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

História de nós dois

Quando te conheci,
não sei bem o que senti...
misto de desejo e medo,
de fascínio e admiração.
Talvez, ainda fosse muito cedo...

Ou não?

Quando me afastei,
não foi recusa, nem fuga,
foi apenas precaução...

Quis evitar um sentimento
lindo, puro, infantil,
por receio de maior sofrimento.

Nosso reencontro
não foi obra do acaso,
foi o destino quem te trouxe,
seguindo as ordens de Deus,
embora com um pouco de atraso...

Perdeste parte de minha vida
e eu perdi da tua!
Quantas vezes me flagrei
(e me flagro ainda!)
fazendo pedidos à lua!

Implorando que me devolvesse
a oportunidade perdida,
 pois, em momento algum,
mesmo à distância,
deixaste de ser parte de minha vida.

Meu amor, por ti, só cresce,
se agiganta a cada instante,
sou eu quem nunca te esquece,
meu querido, amado e amante!

Fizeste-me, de novo crer
na infinidade do meu amor
e sua ausência me faz
padecer de tanta dor!

Não te culpes, por não teres
um sentimento recíproco,
apenas permita-me expressá-lo
para que não haja nenhum equívoco.

Amo-te, mais que a mim mesma,
e sei que também me admiras,
por que, então, não me permites
amenizar um tanto suas dores?

Não é pretensão,
é desejo,
ter-te sempre por perto,
 fazer, no momento presente,
a busca pelo acerto.

Recuperar o tempo perdido
por causa do amor escondido,
que guardei dentro de mim.
Tentar reparar os enganos
causados pelo silêncio,
que de ti me afastaram,
por tantos e tantos anos!

Dai-me uma chance, de fato,
de provar quão verdadeiro,
embora, um tanto insensato,
é meu amor por ti.

Foste o primeiro
(e o único)
e serás o derradeiro,
disso tenho certeza!

Embora outros amores,
tenham passado em minha vida,
nenhum foi tão intenso,
nenhum tocou-me tão forte
em minha alma sofrida!

Querer-te não é padecimento,
é razão para meu viver.
Não é dor, nem sofrimento,
é desejo de te ter.

Cada instante em que o tenho
é uma página escrita,
de luxúria, devassidão,
mas também de ternura e carinho
no livro da minha vida...
Vanda Felix




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