Nosso ponto
De encontro
Hoje é um ponto
De interrogação.
Depois de tanto desacerto,
Desencontro,
Desconcerto
E desperdício
De tempo,
Não há tempo
Para encontros.
Meus cabelos
Já estão brancos
E meus olhos turvos
Pelo sono.
Já não durmo,
Já não penso,
Já não sonho,
Já não amo.
Não há tempo,
Não há clima.
Já não sou
Mais tão menina,
Nem senhora
Dos meus rumos.
Sou alma solta no vento,
Sem assento,
Sem destino.
Sinto o passar dos anos,
Sinto o peso
Do meu tempo.
Dói na alma
A lembrança
Da criança
Que sonhava,
Mas não pode
Viver o sonho.
Perdeu a parada,
Perdeu o ponto...
Perdeu o encanto
Pela vida
Que podia
Ter vivido.
Se perdeu
Num labirinto
De enganos
E ilusões.
Ponto cego.
Ponto morto.
Mar revolto
Foi seu destino.
Longe do porto,
Sem carinho,
Sem conforto...
Vanda Felix
Saudações reminiscentes.
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ResponderExcluirParabéns! Você sempre me deixou feliz com seus belos poemas. Eles são pontos de luz iluminando o universo literário!
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