Do alto da torre
Do mais alto prédio
Do alto da colina,
Um casal de gaviões
Observa o não movimento
Das ruas paradas...
Que lhes vem ao pensamento?
Haverá estranheza em seus olhares?
Tempo quente
Almas frias.
UTIs lotadas
Ruas vazias...
Distância de toda gente
Falta de companhia.
Gaviões, talvez não saibam
De nosso inimigo invisível.
Tempos estranhos,
Tempos sinistros.
Meu país do futuro
Não preserva seu presente.
Tateamos no escuro
As paredes de um quarto vazio.
Tropeçamos no nada,
Caímos num buraco profundo,
Onde, embora não tenha fundo,
Iremos nos esborrachar.
Não se faz o que deve ser feito
Para mudar triste destino.
Deixamos morrer nossos sonhos
E os sonhos mais pueris
De nossas meninas e meninos.
De uma existência incerta,
Não estamos certos de mais nada.
Pobres humanos!
Somos uma raça perdida
Prestes a ser dizimada.
E, do alto da mais alta torre,
Do mais alto prédio,
Da mais alta colina
Gaviões e urubus nos observam
Perplexos
De nosso fracasso como espécie.
Vanda Felix
Saudações perplexas.
ResponderExcluirSe a poeta e muitos pensadores estão concluindo o fim da humanidade. Imagina a visão do Criador, o quanto deve estar decepcionado. Justo, nos deu o livre arbítrio, nos forneceu ensinamentos benéficos. Mas não sabemos usar dos dons da bondade, e nem seguir os ensinamentos de Jesus.
ResponderExcluirMais uma criação magnífica dessa minha amiga Vandeca!
ResponderExcluirAMEI!!!