terça-feira, 6 de abril de 2021

Dona Esperança

 "Nossas vidas começam a terminar no dia em que permanecermos em silêncio sobre as coisas que importam" 

Martin Luther king



Um balde d'água fria na face

da tal da Dona Esperança. 

Uma mudança

de amor

e de humor.

Bem-me-quer,

mal-me-quer.

Quem sabe o que você quer?

Um sobe e desce,

uma dança. 

Sem rotina,

sem constância.

Sobe e desce,

some e aparece.

Quem é?

Quem foi?

Quem será?

Quem, agora, o sabe?

Memórias que lhe escapam,

fugitivas,

histórias esquecidas,

uma vida.

Hoje, sombra de sua existência. 

Espelhos que não refletem 

a luz de sua presença. 

Dona Esperança...

Em que dedo repousa

sua dourada aliança?

Dia e noite se confundem,

horas se fundem

sem a marcação dos dias.

O tempo é um engodo, 

um pobre louco sentado

na praça 

a falar com os passarinhos...

A memória, 

hoje, gaveta trancada

a sete chaves.

Pra onde foi Dona Esperança?

Quis voltar a ser criança, 

mas, já,  sem tanta energia

para comigo brincar. 

Sem história,

sem memória, 

sem riso alegre, 

sem graça...

A vida passa,

simplesmente por passar...

Vanda Felix.




6 comentários:

Retomada

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