quinta-feira, 11 de julho de 2019

Finitude

Trago, registrada na face,
Minha história de vida.
Minha história vivida.
Trago, tatuada na alma,
Lembranças de tempos remotos.
São o que me fazem o que sou,
Tudo o que recebo
E o que dou
Me marcam,
Escavam, fundo na pele,
Nas profundezas da alma.
Me esculpem,
Lapidam.
Constituem meu ego,
Meu eu,
De carne e espírito.
Fazem de mim o que sou:
História mal-escrita,
Rabiscada,
Pouco lida,
Ignorada pela grande massa,
Porque comum,
Mera história de qualquer um.
Não me fazem mais
Nem menos que ninguém.
Mas fazem de mim quem sou,
Ser único,
Uno em carne e espírito,
Carne a ser consumida pelos vermes,
Espírito a se perpetuar no além...
Vanda Felix


2 comentários:

Retomada

 Há tempos não percorria estas páginas... deu até saudade, agora! É que a vida anda tão atribulada, tão conturbada, que meus hábitos mais re...