Meu amigo de vidro,
aquele com quem divido
dúvidas
emocionais,
irracionais,
sensoriais...
Avalia-me friamente,
responde-me, prontamente
sobre as questões aparentes.
Dormi mal?
Aponta-me as olheiras,
as marcas escuras
expressas no rosto.
Estou feliz?
Mostra-me o sorriso radiante,
largo, contagiante...
Acompanha-me na estrada,
na longa jornada
que já percorri.
O medo nos olhos,
a ruga na testa,
se estou pronta para a festa
ou para o velório.
Amigo sincero,
não sabe mentir;
sem meias palavras,
sem distorções,
Recorro ao espelho,
fiel companheiro,
nem sempre gentil,
mas sempre sincero!
(Quisera que os homens
aprendessem contigo...)
Vanda Felix
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