terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Bom-senso

 

Vamos ao que interessa,

Pois todos temos pressa,

Em fazer valer nossas vontades,

Nossos anseios mais íntimos, 

Doam, a quem possam fazer doer...

Entre a paz e a razão,  

Tenho optado pela primeira...

Sou humana,

Imperfeita,

Falha, frágil 

E equivocada.

Pedir perdão, 

Se necessário, 

Não me é humilhação. 

Antes, 

Voto de humildade,  

Caráter reto, 

Liberdade

De ser e deixar de sê-lo, 

Sem vaidade, 

Conforme dite minha consciência. 

Prezo meu bem-estar, 

Mas também o do outro.

Calo-me para não magoar, 

Se o momento é inoportuno, 

Prefiro aguardar, 

Sem, no entanto,  ser omissa.

Antes prudência 

Que rompante.

Assisto a toda a missa,

Antes de proferir meu "amém".

Não sou imune às dores alheias,  

Sejam do corpo

Ou da alma.

Mas pondero

Para não alastrar a ferida.

Se não posso ser antídoto,  

Também não me faço veneno.

Mas, antes de tudo,

Humana:

Falha, 

Fraca, 

Frágil 

E, muitas vezes, 

Equivocada.

Mas, sem compromisso

Com o erro,

Sem pacto com o engano.

Tabulo, 

Mapeio, 

Pondero.

Rearranjo fórmulas, 

Simulo,

Testo...

Não é frieza,  

Tampouco,

Do meu espírito, a fraqueza.

Chamo a isso bom-senso.

Vanda Felix




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