De onde venho?
De uma infância sofrida,
de lembranças doídas,
adolescente em conflito.
Mil questões não resolvidas
compuseram o mosaico
a que dei o nome de vida.
Adulta sobrevivente,
inconformada, relutante,
voz ativa, voz passiva
se alternando no dia a dia
para me fazer crescer.
Chegando à maturidade,
hora de viver a saudade
do tempo que já passou...
Sentir saudade, mas seguir em frente,
há um longo caminho, adiante,
que é preciso percorrer.
(Mas, já sem pressa
de chegar).
Para onde vou?
Seguindo rumo ao acaso,
por caminhos tortuosos,
onde a incerteza nos espreita.
Se vou à esquerda
ou à direita,
deixo ao encargo do coração,
pautado pelo bom senso,
escolher a direção.
Sei que ele há de me guiar,
garantir meu salvo-conduto,
sem culpa, sem peso,
sem medo, sem luto,
pois este há de ficar para trás.
O que fui,
quem quer que tenha sido,
já não sou mais.
Renasço e floresço a cada dia,
faço da minha própria companhia
meu ponto de apoio e de paz.
Minha paz...
O que me completa
é o que me esvazia,
o que, de mim, se liberta,
pois liberta minha mente
através de palavras.
Válvula de escape,
estratagema para sobreviver
à loucura
que aprisiona a alma
(se deixarmos),
fazendo-a cativa...
Mas, hoje, sei que estou mais viva
do que era ao nascer.
Vanda Felix
Amiga vc é toooop👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
ResponderExcluirLindo poema, obrigado, querida amiga, por seus versos
ResponderExcluirQue profundo!
ResponderExcluirQuanta delicadeza e profundidade!
ResponderExcluirVanda, seus versos sempre me surpreende... Me fazendo reviver emoções muitas vezes esquecida.
ResponderExcluirMuita sensibilidade em seu ser. Parabéns 👏
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