sexta-feira, 1 de março de 2019
Enchente
Muita água,
Pela frente,
Transbordando,
Entornando,
Sem vazão,
( Não sem razão)
O rio enche,
O lago alaga,
O córrego,
Plácido e inocente,
Tomado de fúria,
Transborda e mata.
Mar de lama,
Mar de gente,
Invadindo o continente.
A água que vem do céu,
Necessária e esperada,
Vem com fúria,
Vem magoada,
Destruindo o que encontra:
Seu carrinho, 🚗
A custo, financiado;
A loja, em que trabalhas;
A rua, por onde passas
E até mesmo, quem diria?
Tua casa, tua morada...
A água, que mata a sede
É a mesma, que te mata...
Então, cuida-te
E dela cuide!
Ela devolve o que tu dás!
O lixo, que descartas,
Teu esgoto,
Tuas descargas.
(Ela não fica com nada,
Do qual não se sinta dona...).
Enxurrada,
Enchente,
Alagamento,
Nada mais é, que lei do retorno.
É a Natureza devolvendo,
Tudo o que não lhe pertence
A quem esteja no entorno.
Vanda Felix
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