A incômoda ansiedade
(Ou ânsia, que vem com a idade)
Me cozinhava os miolos,
(Sem sal,
Sem tempero algum).
Fazia (de meus dias)
Um inferno,👿
Revirava meu estômago,
Dava-me náuseas e insônia,
Dores imaginárias
Sentidas por todo o corpo,
Faziam de meus verões🌞
(E das primaveras, também)💐
Os mais rigorosos invernos. ❄
Tentei guardá-la no bolso
(Ela, a ansiosa ansiedade)
Mas, este, estava furado
E ela escorregou, sorrateira,
Para dentro do meu sapato.👠
Pôs-se, sem cerimônia ou rodeios
A fazer cócegas, em meus pés,
(Já inchados),
Cansados das caminhadas🚶
A esmo, sem destino determinado,
Por ruas, ruelas ou becos
E todas as vias incertas.
Ardiam-me os pés,
Doía-me a cabeça,😨
Boca seca,👄
Olhos marejados...👀
Dois barcos naufragados🚢🚢
Nesse oceano revolto
De incertezas e medos.
Ânsia,
Ansiedade,
Maldade do tempo,
Que foge ao nosso controle.
O futuro trazido para o hoje,⏰
O hoje lançado ao passado.⏳⌛
Oceano de angústias
Atravessado a nado...🏊
Resistirá meu pequeno barco? ⛵
"Viver é preciso"...
(Mas custa caro!)
Navegação errante,
Sem rumo, sem mirante...👿
Navegar,
Remar,
Rumar ao nada,
Naufragar...🏊
Ânsia,
Ansiedade...
Medo dos bichos do mato
Escondidos na cidade...👹
Vanda Felix
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