Escultura
Modelei tua face no barro
Que ficou, após a chuva passageira
(Tão efêmera quanto você).
Queria ter para sempre
Teu rosto na minha lembrança.
Mas, o sol forte do verão
Trincou teu rosto,
Fê-lo caco,
Depois, pó,
Depois, nada...
De concreto, nada ficou.
Apenas a memória,
Ainda viva,
De tua imagem,
Da tua sonoridade,
Do teu cheiro
Em minhas mãos.
Mãos que te cuidaram
Carinhosamente,
Em instantes que somente
Tinhas a mim, por companhia,
Te zelando, noite e dia,
Com afeto, sem cobranças
E te guarda na lembrança
Como dádiva divinal.
Vanda Felix
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