Como falar de mim,
Sem tocar em feridas
Abertas,
Latentes,
Onde o sangue pulsa quente,
Ainda?
Como falar de mim,
Sem mencionar dores,
Horrores
Presenciados,
Vividos,
Sentidos
E ainda vivos
Na memória
Que teima em trazê-los à tona,
Quando a mente,
Já cansada
Busca o esquecimento?
Somos humanos,
Tanto quanto,
Não me causará espanto
Conhecer tuas fraquezas.
Não fiques "cheio de dedos",
Podes falar-me de seus medos,
Sem medo de repressão.
Ler-me é habilidade para poucos,
Reler-me é ato de resistência...
Leio-me e releio-me cotidianamente,
Buscando aperfeiçoamento,
Mas, nunca, a perfeição.
Sou falha,
Sou fraca,
Sou frágil,
Mas não sou frouxa.
Até faço papel de trouxa,
E me embrulham em papel de pão,
Mas não me perco dos meus credos,
Não me perco da razão.
Eu e tu
Somos humanos,
Sujeitos a erros e enganos,
Mas, nem por isso,
Os piores
Nem os melhores do mundo.
Por isso,
Podes fiar-se
Que, se puder ajudar-te,
O farei, sem hesitação.
Estou de braços abertos
Para um conforto, um afeto,
Como aberto
Sempre está meu coração. ❤
Vanda Felix
Que lindo!!! Como sempre profundo e verdadeiro. Você esmiúça a condição de ser humano falando das mazelas inerentes a cada um de nós. Amei.
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