Vejo minha alma
Do outro lado do espelho.
Está translúcida
E cristalina.
Ela me sorri
E diz que tudo ficará bem, novamente.
Tento retribuir o sorriso,
Mas me cai um dente,
Mordo a língua
E faço careta.
A alma,
Do outro lado do espelho,
Se faz séria,
Franze uma ruga em sua testa,
Fico preocupada.
Estrangulada pela tristeza
Deixo rolar
Dos olhos
Uma solitária lágrima
Salgada e fria.
Ela se agiganta,
Se torna onda
E inunda meu corpo.
Morro afogada em mim mesma.
Vanda Felix
Imagem: Ludi de Oliveira
Isso é viver.
ResponderExcluiràs vezes não somos o que queremos ou precisamos ser, no espelho...
ResponderExcluirQuem, nunca!
ResponderExcluirBelo!