segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Tempo de espera



Tanto tempo sem ver teu riso 

Sem teu abraço 

De aconchego. 

Tanto tempo de espera 

Tanto tempo de desespero. 

 Dias nublados, ☁ 

 Noites sem luar. 

Tua voz ecoa longe 

 Na memória, que já me falha. 

 Fala: quando virás? 

Quando matarei a saudade 

De me perder em teu olhar? 

Quando te sentirei, 

De novo, perto? 

Ao alcance das mãos, 

 Já trêmulas 

 Pela embriaguez 

 Que me faz companhia 

Em cada noite fria, 

De solidão e nostalgia...

Na velha vitrola

A música ecoa,

E, a cada acorde,

Para mais longe,

Minha mente voa.

Vai ao teu encontro,

Mas não te encontra.

Torna, cabisbaixa e triste,

Ao ritual da espera

indefinida,

Infinita, 

Habitual,

Atemporal...

Vanda Felix

Um comentário:

Retomada

 Há tempos não percorria estas páginas... deu até saudade, agora! É que a vida anda tão atribulada, tão conturbada, que meus hábitos mais re...