domingo, 26 de janeiro de 2020

Joaninha

Tenho nas mãos uma joaninha,
Dessas nada convencionais,
Além de não ter as pintinhas
A que estamos habituados
A ver, nas mais ocasionais,
Também não é vermelhinha,
Mas bege,
Um bege quase amarelo,
O que faz dela uma rebelde,
Ou uma renegada,
Diferente da maioria
A que estamos acostumados.
Mas, que me traga a mesma sorte,
Que se espera da mais comum.
Joaninha, joaninha,
Tua diferença é um grito
De liberdade?
Cansaste de ser igual às outras,
Por isso te rebelaste?
Sabes o preço a pagar
Por tamanha inconveniência?
Rejeição,
Discriminação
E mesmo atos de violência?
Não se aceita o diferente,
O que foge à "normalidade",
Infelizmente, esse é meu mundo,
Essa é minha realidade...
Jamais serás respeitada
Por sua singularidade.
Vanda Felix




Um comentário:

Retomada

 Há tempos não percorria estas páginas... deu até saudade, agora! É que a vida anda tão atribulada, tão conturbada, que meus hábitos mais re...