Há tempos me busco
E não me encontro.
Me olho e não me vejo.
Me toco e não me sinto.
Ausente de mim mesma.
Digo que gosto
Ao que não desejo,
O que encontro, desdenho.
A mente divaga,
Viaja no tempo.
Num tempo sem volta
Ao qual nunca fui,
Do qual nunca vim.
Vivi mentalmente
O que sinto saudades,
Na vida, de fato,
Me faltam verdades.
E penso na falta
Do que não tive,
Do que não vivi
E me traz nostalgia.
Na falha memória
A alma se refugia,
Inventa histórias,
As quais não viveu.
E sofre, de novo,
O que não sofreu.
O tempo é uma farsa
E a gente disfarça
O que não quer mostrar.
Inventa memórias,
Mentiras,
Histórias
Que queira contar.
Por isso a procura
Que faço por mim,
Se torna inócua,
Inútil, vazia.
Não há o que encontrar,
Senão fantasia.
Balcão de ilusões,
De falsa esperança
E ingênua alegria.
Vanda Felix
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Nossa, amiga,hoje me sinto exatamente assim!Estou a procura de mim!!
ResponderExcluirAmiga Vanda, eu leio em voz alta, procurando sentir cada palavra que aqui está.
ResponderExcluirObrigada!