quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Coração desavisado



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Encontros,
reencontros,
desencontros...
Felicidades efêmeras,
emoções fortes,
porém passageiras....
Saudades latentes,
renitentes,
reincidentes.
Ideias e palavras
que dançam na mente,
milhares de "ais"
sufocados no peito,
aprisionados na garganta.
Vontade de ficar,
desejo de que fiques,
urgência em partir.
Angústia da ausência,
já logo sentida,
ainda em presença.
O saber-se, em breve, distante,
acelera o instante
de estarmos apartados,
pelo destino, separados,
mas nunca esquecidos,
um ao outro, ligado
por destino ou escolha
do desavisado coração...❤️
Vanda Felix

sábado, 19 de agosto de 2017

Poesia do mundo




A poesia grita em mim.
Me acorda de madrugada
pedindo para ser libertada.
Às vezes alegre,
às vezes sofrida,
quase sempre apaixonada.
Expressando sentimentos
íntimos,
eternizando momentos
únicos...
Manifesta revolta,
revida desaforos.
Palavras que dançam na mente,
saltam para o papel
e, de lá, atravessam as páginas
e pulam para as redes,
onde passam a ser do mundo.
Vanda Felix

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Desembarque



Concebido aqui,
parido acolá.
A gestação
desenvolveu-se nos trilhos
de uma estrada férrea,
saltando de um vagão ao outro
de um trem em movimento.
Puseste em risco a cria,
planejada com amor,
afeto e cuidados.
Agora, a incerteza dos sentimentos,
outrora tão convictos.
A incerteza do destino,
em mil planos desenhados.
A perda,
a frustração,
o luto.
Mas o coração segue seu caminho,
mesmo já tão cansado
de suas escolhas erradas,
de seu futuro incerto,
de seu amor renegado.
A estação de desembarque
há muito deixou de ser aquela
para a qual compramos passagem.
Vanda Felix

sábado, 12 de agosto de 2017

Porque hoje acordei com quinze anos...

Porque hoje
Acordei com quinze anos...
A vida me sorriu
E me acordou
Com um luminoso
E ardente
Sol na cara.
Porque hoje
Acordei com quinze anos...
Senti vontade de me produzir,
Caprichei no "look"
E vesti um sorriso
Largo e contagiante,
Como há muito não sorria.
Porque hoje
Acordei com quinze anos...
As pessoas
(Mesmo as mais ranzinzas)
Me pareceram mais cordiais,
E senti imenso prazer
Em retribuir cordialidade
A todos,
Indistintamente.
Porque hoje
Acordei com quinze anos...
Mesmo do alto
Dos meus mais de três vezes quinze,
Sinto-me alvorecer para a vida,
Com oportunidades
Únicas
Que me são dadas
A cada nascer
De um novo dia.
Vanda Felix

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Caminhos



Pés
Suspensos no ar,
Não conseguem
Tocar o chão...
Mundo, vasto mundo
A conquistar,
Trilhas,
Atalhos;
Olhares perdidos
Na imensidão.
Qual destino
Os aguarda?
Qual futuro
Nos aguarda?
Tantas histórias
A escrever;
Áridos sertões
A desbravar,
Mil aventuras
Para viver.
Pés
Que nos levam
Ao infinito,
Que os caminhos
Percorridos
Não sejam apenas
Os mais bonitos,
Nem os mais fáceis,
Mas os mais promissores,
Cheios de paradas
Agradáveis
(Obrigatórias, também!),
Onde a felicidade
Nos faça reféns do bem...
Vanda Felix


Um dia, hoje, não!



Um dia, hei de organizar as coisas,
pôr ordem na casa,
organizar a vida...
Um dia,
hoje, não!
Um dia,
quando meus pensamentos
não forem mais confusos,
vou pôr as coisas no lugar
(cada qual em seu devido lugar).
Um dia,
hoje, não!
Um dia, vou estabelecer regras viáveis
de serem seguidas
(e vou segui-las, prometo!).
Um dia,
hoje, não!
Hoje, quero seguir meus instintos,
deixar me guiar
por este coração desordenado
e sem juízo...
Mas, um dia...
Deixa pra lá!
Um dia penso nisso,
hoje, não!!!
Vanda Felix

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Todas as respostas



Quanto cabe no seu mundo?
Acaso, faço dele parte?
Quanto cabe?
Quanto permites que entre?
Há alguma senha secreta?
Passaporte especial?
Até que ponto
tu me captas?
Compreendes a dimensão do que nos une?

Tantas dúvidas,
tantos questionamentos
e todas as respostas
guardadas dentro de ti,
a sete chaves,
com corrente e cadeado de segredo.

Mas sei que seu coração é imenso!
Nele cabem todos os mundos!
Nele me cabe
e quando se abre
eu adentro sem pedir licença
e me aposso
pois sei que posso,
mesmo sem palavras,
preenchê-lo com minha presença.
Vanda Felix

Tijolinhos





 Os tijolinhos da minha fortaleza
Não são de argila
Nem de concreto.
São de carne, osso
E sentimentos.
Não se unem com cola
Nem argamassa
Mas com afeto,
Respeito 
E muito,
Muito amor!
Nela (na minha fortaleza)
Não há portas trancadas.
As pessoas entram
Quando e como queiram.
E saem, se sentirem necessidade.
Em geral, preferem ficar.
Faço o possível
Para que se sintam abrigados
(Jamais "obrigados"!).
Os tijolinhos da minha fortaleza
São minha base, 
Meu sustento,
Meu chão,
Meu teto,
Minha proteção.
Os tijolinhos,
Que constituem minha fortaleza,
Não são uniformes,
Não são padronizados,
Mas são harmoniosos
E têm muita afinidade.
São a razão do meu viver
E da minha felicidade!
Vanda Felix


Retomada

 Há tempos não percorria estas páginas... deu até saudade, agora! É que a vida anda tão atribulada, tão conturbada, que meus hábitos mais re...