sábado, 7 de agosto de 2021

Repouso

 As regras

Que me regem

Não são rígidas, 

Não são rijas.


Barco solto

Em alto-mar, 

Vagueia

Ao sabor dos ventos

Que sopram nas velhas velas...


Barco solto 

Em alto-mar,

Sem leme,

Sem rumo,

Sem âncora. 


Ao sabor das ondas

Vagueiam meus pensamentos. 

Pássaro perdido

Sem pouso certo.

Ora, na rocha, 

Ora, na praia,

Ora, no galho,

Que balança 

À mais suave brisa.


Causa insegurança, 

Mas traz emoção, 

Desafio.

Acelera, no peito,

O pacato coração. 


O barco

Perdido no mar,

O pássaro 

Livre no ar

São minha alma,

Que, aos poucos,

Se acalma,

Ao encontrar o pouso,

Local de repouso,

Na curva do teu abraço, 

Meu ponto de apoio,

Meu porto seguro.

Vanda Felix





2 comentários:

  1. Cara Amiga e parceira de ofício, Wanda Felix, boa tarde!
    Que deleite inefável e quantos vieses tenho, ao ler seus imperdíveis poemas e crônicas, que sua sapiente e criativa verve, sem véus e ranços, brinda os wandafelixianas(os)!
    A Capetina Terebentina Putina, a lambisgoia da Agrado, aquela mexeriqueira mor, que tudo sabe e tudo vê e a Ursalina Fidelina Madurolina disseram que a minha amiga e parceira de ofício é insaciável e aprecia - sobremaneira - ter orgasmos múltiplos com fornicantes gregos, troianos, atenienses, chineses, esquimós e de - preferência - bem dotados! Caloroso abraço! Saudações insaciáveis! Até breve... João Paulo de Oliveira
    Professor e Coordenador Pedagógico aposentado, das municipalidades diademense e paulistana.

    ResponderExcluir
  2. Sempre bom ler teus poemas que são representativos de muitos de nós

    ResponderExcluir

Retomada

 Há tempos não percorria estas páginas... deu até saudade, agora! É que a vida anda tão atribulada, tão conturbada, que meus hábitos mais re...