A dor não me domina,
nem determina
meu destino.
Por mais dilacerante,
lancinante
e intensa,
que se apresente,
meu corpo sente,
mas a cabeça pensa:
"Há saída,
há esperança!"
Por maior que seja meu vazio,
ser vazia
Não é minha escolha.
Não me recolho
à minha bolha
enquanto o mundo
explode, lá fora.
Faço
o que posso
e julgo correto,
faço
o que é certo
e sei que consigo,
segundo minha consciência
e intuição.. .
Não julgo,
não condeno,
não destilo
meu veneno.
Atravesso
pela faixa,
e caminho
na calçada,
cumprimento a todos,
sou educada.
Faço
o melhor que posso.
Desço e subo
pela escada,
se não houver
outra opção.
Faço uso
dos direitos
de usufruto
do que pago.
Nada peço,
nada pego
sem pedido
de concessão..
Insisto, no que valha a pena
e seja benéfico
à minha alma
e ao meu coração.
Não desisto
à primeira brisa,
nem à leve lufada de vento,
mas respeito
a Mãe Natureza,
a força do furacão.
Não subestimo
meus inimigos,
nem me atiro
aos braços do perigo.
Sou previdente,
mas com ousadia.
Vivo o hoje,
vivo o dia
sem qualquer precipitação.
Reconhecendo meus limites,
busco contorná-los,
dando a volta
pelo outro lado.
E, nessa ida e volta,
persisto
até esgotar minha energia.
Essa persistência,
que muitos chamam
teimosia,
aprendi com meus pais,
que dos meus avós aprenderam
para sobreviver
às agruras do dia a dia.
Não é capricho,
não é soberba:
é herança
perpetuada,
transmitida
a cada geração.
Muitos chamam "costume",
a isso eu chamo "Educação".
Vanda Felix
Muita verdade neste poema. Que sensibilidade. Parabéns 👏👏👏
ResponderExcluirAdorei
ResponderExcluirLindo e humano...
ResponderExcluirPerfeito, sensível harmonia nas palavras ����
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