Ferem-me de morte,
Sem desferir um golpe
Contra meu corpo.
Matam minha alma
Através de palavras,
Injúrias,
Quimeras...
Ferem-me de morte
Através do desprezo,
Do desdém de minhas dores,
Da banalização do que sinto,
Dos medos que tenho
Guardados comigo.
Sem dó, nem piedade,
Pisoteiam,
Do alto de seus saltos agulha,
Meus sentimentos,
Meu coração frangalhado,
Surrado,
Sofrido,
Despedaçado. 💔
Abro mão de vontades,
Desejos e possibilidades
Para não me fazer ausente.
Oculto meus planos,
De mim mesma, até,
Para não ferir, Não magoar,
Não ser arrogante.
Em vão...
Meu dias se vão,
Junto com os sonhos meus,
Dos quais abro mão
Em nome do amor.
Um amor não amado,
Sem dó, desprezado,
Que ama sozinho.
Amor melindroso,
Omisso,
Medroso,
E que, sozinho
E silenciado
Findará os seus dias,
Na casa vazia
De vida e calor.
Vanda Felix
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