Tenho nas mãos uma joaninha,
Dessas nada convencionais,
Além de não ter as pintinhas
A que estamos habituados
A ver, nas mais ocasionais,
Também não é vermelhinha,
Mas bege,
Um bege quase amarelo,
O que faz dela uma rebelde,
Ou uma renegada,
Diferente da maioria
A que estamos acostumados.
Mas, que me traga a mesma sorte,
Que se espera da mais comum.
Joaninha, joaninha,
Tua diferença é um grito
De liberdade?
Cansaste de ser igual às outras,
Por isso te rebelaste?
Sabes o preço a pagar
Por tamanha inconveniência?
Rejeição,
Discriminação
E mesmo atos de violência?
Não se aceita o diferente,
O que foge à "normalidade",
Infelizmente, esse é meu mundo,
Essa é minha realidade...
Jamais serás respeitada
Por sua singularidade.
Vanda Felix
domingo, 26 de janeiro de 2020
quarta-feira, 22 de janeiro de 2020
Balcão de memórias
Há tempos me busco
E não me encontro.
Me olho e não me vejo.
Me toco e não me sinto.
Ausente de mim mesma.
Digo que gosto
Ao que não desejo,
O que encontro, desdenho.
A mente divaga,
Viaja no tempo.
Num tempo sem volta
Ao qual nunca fui,
Do qual nunca vim.
Vivi mentalmente
O que sinto saudades,
Na vida, de fato,
Me faltam verdades.
E penso na falta
Do que não tive,
Do que não vivi
E me traz nostalgia.
Na falha memória
A alma se refugia,
Inventa histórias,
As quais não viveu.
E sofre, de novo,
O que não sofreu.
O tempo é uma farsa
E a gente disfarça
O que não quer mostrar.
Inventa memórias,
Mentiras,
Histórias
Que queira contar.
Por isso a procura
Que faço por mim,
Se torna inócua,
Inútil, vazia.
Não há o que encontrar,
Senão fantasia.
Balcão de ilusões,
De falsa esperança
E ingênua alegria.
Vanda Felix
E não me encontro.
Me olho e não me vejo.
Me toco e não me sinto.
Ausente de mim mesma.
Digo que gosto
Ao que não desejo,
O que encontro, desdenho.
A mente divaga,
Viaja no tempo.
Num tempo sem volta
Ao qual nunca fui,
Do qual nunca vim.
Vivi mentalmente
O que sinto saudades,
Na vida, de fato,
Me faltam verdades.
E penso na falta
Do que não tive,
Do que não vivi
E me traz nostalgia.
Na falha memória
A alma se refugia,
Inventa histórias,
As quais não viveu.
E sofre, de novo,
O que não sofreu.
O tempo é uma farsa
E a gente disfarça
O que não quer mostrar.
Inventa memórias,
Mentiras,
Histórias
Que queira contar.
Por isso a procura
Que faço por mim,
Se torna inócua,
Inútil, vazia.
Não há o que encontrar,
Senão fantasia.
Balcão de ilusões,
De falsa esperança
E ingênua alegria.
Vanda Felix
segunda-feira, 6 de janeiro de 2020
Janeiro se fez seis
E janeiro já se faz seis,
Sexto dia,
Sexta noite.
Dia de celebrar Santos Reis,
Que nos trazem esperança,
Alegria
E boa sorte.
Dia de guardar o presépio,
Exposto desde o ano passado.
Hora de desmontar nossa árvore
Cheia de lembranças
E de elementos novos.
Guardar a guirlanda,
As louças e toalhas temáticas.
Desligar o pisca-pisca
Que nos iluminou nos últimos tempos
E seguir com luz própria.
Hora de renovar
E esperar pelo próximo Advento.
Esperar que o Menino que nasceu
Renasça num mundo melhor
No próximo Natal,
Num mundo que se faça mais justo
E que o Bem
(Bem-querer, bem-fazer, bem-viver...)
Prevaleça sobre todo o mal.
Um mundo em que cada humano,
Seja do outro um igual,
Respeitando as diferenças,
Superando as desigualdades,
Vivendo em plenitude
Toda a diversidade.
Vanda Felix
Sexto dia,
Sexta noite.
Dia de celebrar Santos Reis,
Que nos trazem esperança,
Alegria
E boa sorte.
Dia de guardar o presépio,
Exposto desde o ano passado.
Hora de desmontar nossa árvore
Cheia de lembranças
E de elementos novos.
Guardar a guirlanda,
As louças e toalhas temáticas.
Desligar o pisca-pisca
Que nos iluminou nos últimos tempos
E seguir com luz própria.
Hora de renovar
E esperar pelo próximo Advento.
Esperar que o Menino que nasceu
Renasça num mundo melhor
No próximo Natal,
Num mundo que se faça mais justo
E que o Bem
(Bem-querer, bem-fazer, bem-viver...)
Prevaleça sobre todo o mal.
Um mundo em que cada humano,
Seja do outro um igual,
Respeitando as diferenças,
Superando as desigualdades,
Vivendo em plenitude
Toda a diversidade.
Vanda Felix
(Arte de Conceição Rosa)
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