quinta-feira, 18 de abril de 2019

Caos da mudança



Ares de discórdia
Em tempos serenos de outono:
Brisa suave,
Clima pesado,
A incerteza do futuro
E os fantasmas 👻 do passado
Sufocando o presente
Que Deus nos deu de presente.
Saudosistas do ontem,
Já morto e enterrado,
Abstemo-nos de viver o hoje,
E sofremos pelo amanhã,
Que não se sabe se chega...
Unhas que se quebram,
Cabelos, que caem aos montes.
Folhas secas,
Folhas soltas,
Com os ventos se vão,
Dançando no ar,
Feito loucas,
Fugídias de alguma prisão.
Outono, o caos da mudança
Das cores, das formas, dos cheiros.
Outono, o ar rarefeito
Exerce, sobre a vida, o efeito
Do caos, da desordem,
Ou da transformação.
(Depende do que guardo no peito,
No fundo do coraçao.)
Folhas soltas,
Folhas livres,
Folhas leves,
Vida breve...
Às vezes,
Se é necessário morrer
Tal qual a folha rebelde,
Que o vento carrega longe,
Para poder rensascer,
Talvez, bem além do horizonte.
Caos da vida,
Caos do mundo...
Do caos, renasce a esperança
De que não me seja breve,
Mas que seja leve,
Que, consigo me leve
Para bem longe daqui.
Vanda Felix

(Para meu doce amigo Vinícius , alma doce de criança... )




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