quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Sobre a luta por direitos



Você, que exige respeito,
Mas não sabe respeitar.
Crê que faz jus
A todos os direitos,
Mas por eles,
Não tem ânimo de lutar.
Delega a outrem
O dever de assegurar
A garantia das conquistas
Das quais usufrui, também.
Fácil assim!!!
Não dá a cara a tapa,
Não se expõe,
Nem cria indisposição.
Fácil esconder a cabeça no casco,
Enfiar a viola no saco,
Pois
Se a luta for um fiasco,
Você não se compromete.
Mas colhe os louros,
Usufrui da glória
Que seu companheiro que foi à luta,
Se arriscou, e pagou caro
(Às vezes, com o próprio sangue)
Lhe garantiu...
Mas isso já é outra história...
Vanda Felix

sábado, 25 de novembro de 2017

O vulto





Veja!!!
O vulto.
Sinta o vento.
Há volta???
Vanda Felix


Maria




Há de chegar o dia,
Maria,
em que me olhe com carinho
e sorria.
Há de chegar esse dia!
Há de chegar o dia,
Maria,
em que nos faremos companhia,
e se iluminará o rosto seu
com o brilho da alegria.
E, quando chegar esse dia,
doce e amável Maria,
o medo dará lugar à ousadia
e a descrença se fará fantasia,
o mundo se fará mais bonito,
por sua causa, Maria,
pois sua irradiante alegria,
que a todos contagia,
há de se fazer permanente
em todos os momentos do dia,
doce e meiga, Maria...
Vanda Felix

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Aquelas cartas


Resultado de imagem para cartas pegando fogo


E durante todos os dias
ela escreveu 
cartas de amor...
Cartas intensas,
recheadas de 
romantismo
e tesão.
Cartas extensas
detalhando
cada sentimento,
cada emoção.
O romance acabou,
afinal, nada é eterno,
mas, dentro de si
o sentimento cresceu
e, sobre isso, 
ela também escreveu.
Sobre o coração magoado,
sobre o orgulho ferido
e sobre a saudade
daqueles dias vividos..
E as cartas
foram se acumulando,
pois não havia
quem as lesse.
Pilhas e pilhas,
por anos a fio,
até que num inverno,
numa noite de muito frio,
dominada por grande tensão,
tomou uma decisão
e uma atitude certeira:
aquela pilha de cartas
virou uma grande fogueira,
que, além de aquecer-lhe o corpo, 
livrou sua alma e coração
daquelas lembranças doídas, 
que eram sua prisão.
Vanda Felix

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Duo


E, de repente, a infância já vai tão longe!
Acena com uma das mãos
pois tem a outra ocupada
a segurar esperança
e sonhos...
E, de repente, a maturidade se aproxima
e nos estende uma das mãos
pois tem a outra ocupada
a segurar planos
sonhos
e esperanças.
Tal qual a distante criança,
a mulher madura traz consigo
as promessas do mundo,
as ilusões da alma,
e planos para um futuro
Breve,
próximo.
Os passos, antes ousados,
hoje, cautelosos,
miúdos.
A criança saltitante,
a mulher elegante.
A criança radiante,
a mulher sóbria.
Duas faces,
dois momentos.
Uma só história.
Vanda Felix

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

A louca



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Nem sempre
sensata.
Ao contrário,
instintiva
e inspirada
(dirão, alguns,
que mesmo
"pirada"!)...
Busco, no entanto,
ser sempre coerente,
equilibro o que penso
e o que faço,
equalizo minhas razões
e meus sentimentos.
Faço o que gosto,
o que quero,
o que creio.
De amar muito
não receio.
Falo com bichos,
me desabafo com flores,
confesso às estrelas
todos os dissabores,
faço da Lua
minha confidente
e sua discrição
me faz confiante,
pois ela me entende
e não me censura.
Para os ditos "sensatos"
é isso loucura,
mas não me importo
com o que pensam os outros,
sou bicho do mato
que se cria solto,
ou "a louca da vila"...
Falo a língua das pedras,
canto a canção dos riachos
mesmo que meu mundo
vire de cabeça para baixo.
Sou amada 
e odiada
na mesma medida.
A louca e a santa
convivem em harmonia
dentro do meu ser.
Tantas vezes julgada,
quase sempre,
incompreendida,
vou seguindo em frente,
aproveitando o possível
melhor que me dá a vida...
Vanda Felix


Retomada

 Há tempos não percorria estas páginas... deu até saudade, agora! É que a vida anda tão atribulada, tão conturbada, que meus hábitos mais re...