Comércio fechado,
ruas vazias.
À frente, a densa neblina
desta noite fria.
Meu lar é a rua
e não as paredes
que me contém
(ou me detém).
Eu sou do mundo
e o mundo é meu,
mas não é posse,
é pertencimento.
Sob o testemunho da Lua
e da chuva fina,
que teima em cair sobre mim,
faço minha escolha:
"Na minha casa
ou na sua?"
Tudo posso,
quando quero
e hoje quero
sua companhia.
Cai a noite,
adentra o dia.
Vou ficando por aqui,
até que venha a necessidade
de tornar a partir
deste vasto mundo
que é você,
do qual desejo
nunca mais sair.
Vanda Felix
Essa sensibilidade e candura com as palavras são um traço típico dos seus poemas. Amo. Parabéns !
ResponderExcluirObrigada, Simone, pelo apoio e incentivo de sempre!
ResponderExcluirOs comentários são de suma importância para mim... Esteja sempre por aqui!
Abraço.