Já não sei quem é você,
vivo ausente de mim mesma,
alheia à crueldade do mundo...
Também não sei mais quem sou
e não mais interessa sabê-lo,
mudo ao sabor dos ventos
que esvoaçam meus cabelos.
Miro-me no espelho dos teus olhos,
sacio a sede em tua boca,
repouso em tua pele macia
e teu cheiro me deixa louca...
Não quero voltar à razão,
pois meu universo (contigo) é pleno,
nele, só eu e você,
o luar, o orvalho, o sereno...
A paz do meu coração
reside nessa ousadia
de fingir que tu és meu
e, trazer-me à realidade
é ato de covardia!!!
Vanda Felix
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