Defina-me, se capaz!
Faça, agora, sua crítica corrosiva,
use sua língua cortante,
suas palavras duras,
ácidas...
Tente destruir minha auto-estima,
reduzir meu ego a pó...
Faça com que te odeie infinitamente,
destrua o amor que te dedico.
Preciso disto
para retomar o caminho
que trilhava antes de ti
(meu atalho de prazeres,
minha estrada proibida,
que insisti em desbravar...),
destrua todo o carinho;
toda a doçura de meus beijos
converta em fel,
que azede minhas entranhas,
fazendo-me tornar à vida
que abdiquei em seu nome.
Então, depois de queimar-me as vísceras,
retornarei feito fênix,
renovada, fortalecida
e sobre o túmulo deste amor insano
reconstruirei meu castelo
e retomarei minha existência.
Vanda Felix