quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Venha-me


Venha-me,
com a urgência dos amantes,
dos amores proibidos,
dos aromas não sentidos,
dos sabores, dos pecados,
dos casos inacabados,
romanances mal resolvidos...

Venha-me,
com a curiosidade da criança,
com os olhos da esperança
no nascer de um novo dia,
dos instantes de alegria,
de surpresa e ousadia,
delíciados em sua companhia...

Venha-me,
mas venha-me sem medo,
venha-me cheio de desejos
e de saudades dos meus beijos...

Venha-me,
mas venha-me sem pressa,
o momento, a hora é essa,
não deixemos pra depois,
pois, talvez não haja tempo
de deixarmos de sermos dois
para fundirmo-nos num só corpo,
numa só alma, um só coração
a pulsar, num só compasso
e a vagar por todo espaço,
na imensidão deste Universo.

Venha-me,
com calma e inocência,
livrar-me dessa demência,
que é a saudade que me aflige...

Venha-me,
antes que seja tarde,
livrar-me da dor latente
e do calor que, no corpo arde,
livra-me da morte iminente!
Vanda Felix



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