Cá estou,
criança mimada,
a chorar, desconsolada,
a perda do dileto brinquedo...
Cá estou,
pobre criança,
a chorar, sem esperança,
que voltes a acalmar-me os medos...
Onde andas, meu caubói?
Cansaste de ser meu herói,
que me resgatava, em segredo,
do mundo escuro e traiçoeiro
em que ninha alma prisioneira,
esperou-te a vida inteira?
Na pele, ficou tua marca,
para sempre tatuada,
por todo o corpo, teu cheiro...
No coração, para sempre gravado,
teu nome, em ouro bordado;
na boca, o sabor dos teus beijos,
que despertaram-me do profundo sono,
em que vivia, antes de ti...
Depois de desfeito o encanto,
esqueceste-me a um canto,
e me condenaste ao abandono...
Vanda Felix
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