O companheiro
a quem espero
na madrugada,
não me vem ao encontro...
Abandona-me,
noite após noite,
entregue nas mãos da angústia,
nos braços do desespero...
O companheiro,
a quem espero,
noite, após noite,
não me vem ao encontro...
Não me resgata,
na alta madrugada,
dos braços da solidão...
Impede-me o acesso
ao mundo dos sonhos,
onde encontrar-me-ia contigo,
fazendo de seus braços
meu abrigo,
meu menino,
meu amigo...
O companheiro sono
me abandona,
me engana
e me deixa só,
à espera de um novo amanhecer,
que,
[quem sabe?]
me traga você...
Vanda Felix
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