Nostalgia
࿐ꕤ ͜·*˚
Hoje me vi tomada,
De repente,
Pela nostalgia
E reflexão.
Pensei em lugares que habitei,
Pessoas que conheci,
Com quem convivi
E nas funções que desempenhei.
Quem tomou o meu lugar?
Quem ocupou o meu espaço?
Ninguém...
Porque nada, nunca,
Foi, de fato, meu.
Chegou meu tempo
De mudar de estrada,
Dar oportunidade
A quem, de chegada.
Deixei o posto,
Sem olhar para trás.
Se sinto saudades?
Demais!
(Mas, não, arrependimento...)
Cumpri a missão
À qual me propus,
Não havia razão
De prolongamento.
Deixei o lugar
Que, por muito, ocupei,
Sem dele ser dona.
Saudades restaram,
Tão doces lembranças:
Amigos, cantinhos,
Flores, crianças...
Quem sabe,
Quem veio a assumir
O lugar
Que nunca foi meu,
Não seja alguém
Que em mim se inspirou?
Sei que deixei um legado,
Sei que fiz coisas boas,
Creio que, nesta vida,
Nada se dê ao acaso,
Nada se faça à toa.
Fui responsável
Pela formação de tanta gente,
Ao mesmo tempo em que,
Com eles,
Também me formava.
Dias frios,
Dias quentes,
As quatro estações,
Ao longo dos anos se repetindo...
Seguimos evoluindo,
Seguimos adiante,
Ontem, tão próximos,
Hoje, tão distantes,
Mas, nem por isso, ausentes...
Vanda Felix
Esse ficou maravilhoso Vanda. Tive a impressão de estar conversando contigo. Maravilhoso!
ResponderExcluirNossa!! Amei. Sua trajetória de prof. Me vi no poema.
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