De braços abertos,
Em queda vertiginosa
E livre,
Feito ave de rapina.
Descer as corredeiras
Em braçadas vigorosas
(De cabeça).
Mas os ventos foram fortes demais
E as corredeiras, violentas.
Formou-se vendaval
Que me atirou contra rochedos
(Implacável muralha nativa)...
Ah, se Deus me permitisse tornar ao voo!
Talvez, não arriscasse tantas rasantes,
Talvez, as tentasse todas de novo...
Talvez.
Talvez testasse, de novo, minha resistência
Contra a rebentação.
Talvez quisesse, de novo,
Sentir o vento na face.
Talvez saltasse do precipício
Sem paraquedas.
Talvez...
Em queda livre,
E eu, livre e liberta,
Despida de meus medos,
De meus preconceitos...
Talvezes...
Tantas fossem as vezes
Em que tivesse oportunidade.
Vanda Felix
Crédito da imagem: https://pt.slideshare.net/mobile/vilpires/talvez-4834595
Belíssimo poema!!! Um tanto melancólico, mas intenso... Gostei!!!
ResponderExcluirVamos tentar voar sempre! Lindo poema! Linda reflexão provoca!
ResponderExcluirMaravilhoso texto!
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