quinta-feira, 31 de maio de 2018

Cada um por si




Frio de fim de outono
A farsa passa
Despercebida
A farsa ganha força
Mexe com as vidas
De todos
E todos
Pagam a alta conta
(Que já está impagável há tempos...).
Imóveis,
Estáticos,
Paralisados.
Hipnose coletiva
Histeria descabida.
Corre e pega o que é seu!
É pouco?
Dane-se o outro!
O "cada um por si"
Nunca foi tão por si,
Tão por mim...
Perdemo-nos do "nós",
Atados em nós
De cegos marinheiros,
Que navegam à deriva,
Sem ter porto de chegada.
Ou seguimos pela estrada
De pedregulhos e seichos
Com os pés descalços,
Onde se abrem as feridas.
Que cada um cuide das suas
E que Deus nos cure a todos,
Antes que fiquemos loucos.
Vanda Felix

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Retomada

 Há tempos não percorria estas páginas... deu até saudade, agora! É que a vida anda tão atribulada, tão conturbada, que meus hábitos mais re...