Pessoas em dois tempos...
Um só espaço
E dois mundos,
Um raso,
Outro profundo:
Menino,
De pueril inocência,
Vivacidade e pureza
No olhar;
Idoso,
Da vista castigada,
Vida cansada,
Sem perspectivas ou esperanças.
Como não se perder da criança
E amadurecer na perseverança
E na fé por melhores dias???
Como entender a dubialidade
Da alma do outro,
Se nem a nossa compreendemos
Ou aceitamos?
Como amar ou lutar pelo próximo
Se esquecemos de nós mesmos,
Caminhando a esmo
Nessa estrada sem destino?
Que ao despertar nosso adulto
Não adormeçamos o menino,
Mas que convivam lado a lado,
Em paz, mas não resignados,
Mas curiosos e prudentes...
Há em cada um de nós
Facetas múltiplas.
Que saibamos conviver com elas
Sem esquecer de nossa essência,
Preservando a serenidade
E a pureza da infância,
Manifestas em ações ousadas
E no sorriso de inocência...
Vanda Felix
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