Dia desses ouvi de uma amiga que "a vida é uma fábrica de lembranças". A frase ficou ecoando em minha mente e sobre ela tenho refletido muito desde entao...
Todos os nossos momentos, nossas emoções, nossas sensações são
passíveis de se tornarem lembranças, positivas ou negativas, conforme a
marca que tenha deixado em nós. Cabe-nos, então, como responsáveis pelo
controle de qualidade de nossas vidas, fazer a seleção, categorizar,
tornar aprendizado nossos erros, descartar o que nos faz mal à alma e
armazenar na seção "boas lembranças" as experiências que nos provocaram
risos, sorrisos, prazer, alegria... Para que não criem fungos, devemos
rememorá-las com constãncia, arejando-as, dando-lhes viço.
Eu, pessoalmente, trago uma infinidade delas armazenadas, sendo-me
muito aprazível trazê-las à tona. Revivo na memória cada uma delas com a
mesma emoção e intensidade do momento em que se deram. São recordações
de infância, momentos em família, enlevo com os amigos, vivências de
amores... Cada qual tem seu lugar, cada qual tem seu valor, sua
importância... Nem uma mais, nem uma menos. Cada qual na sua
especificidade tem um lugar especial na minha memória: os remotos e
recentes momentos em família, as aventuras vividas na infância,
adolescência, juventude e maturidade (com todos os riscos, consequências
e inconsequências que as envolveram), as galhofas com os colegas, as
sátiras que tornam menos pesado o trabalho, a dedicação e paciência dos
amigos, o carinho dos irmãos e de meus pais, os amores intensos... tudo
junto e misturado no grande caldeirão que é a vida!
Sei que há muito mais o que se registrar... a memória traz tudo arquivado, mas o espaço aqui é limitado. Perdoem-me a ausência de algumas imagens...
Vanda Felix